Em 18 de agosto, a Atomstroyexport, contratada geral da usina nuclear Paks-2 (parte da Rosatom) e a empresa Paks II and Nuclear Power Plant Ltd, cliente das novas unidades nucleares, assinaram uma série de documentos para continuar a construção de duas novas unidades de energia VVER-1200 Geração 3+. Em 21 de agosto, a Atomstroyexport iniciou os trabalhos na etapa principal do projeto.
A assinatura de um acordo adicional ao contrato EPC e a entrega pelo cliente à contratada geral de uma notificação especial sobre o início da fase de construção direta das unidades nucleares constituíram a fase final dos trabalhos preparatórios do projeto. Anteriormente, em 16 de agosto, entraram em vigor as alterações técnicas aplicáveis ao acordo intergovernamental sobre o financiamento do projeto. Segundo o ministro das Relações Exteriores, Relações Econômicas e Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjártó, todos os pagamentos estão sendo cumpridos e o projeto não está sujeito a nenhum tipo de sanção. A Rosatom, tal como o cliente húngaro, coopera com empresas ocidentais. “Gostaria de salientar que não haverá sanções europeias contra a indústria nuclear no futuro, especialmente porque iriam contra os nossos interesses nacionais. Então, é claro que não vamos permitir algo assim“, disse o ministro. As modificações, segundo Peter Szijjártó, permitirão que o projeto avance com mais rapidez e facilidade.
A transição do projeto para a etapa principal permitiu que as encomendas dos principais equipamentos de energia fossem feitas. A empresa Atomstroyexport deu as instruções técnicas aos fabricantes para iniciar a produção dos equipamentos necessários conforme previsto no contrato.
Os trabalhos preparatórios estão em andamento no local para despejar o primeiro concreto. A empresa húngara Duna Aszfalt Kft começou a cavar o terreno para preparar o poço para a futura Unidade 6. Em uma primeira etapa, o poço será cavado a um nível de -5 m em uma área comparável a quatro campos de futebol. Um poço já foi cavado em nível semelhante para a Unidade de Energia 5.
A empresa Bauer Magyarország Kft continuou com a construção de uma manta impermeável de 1 m de largura e 30 m de profundidade, que está sendo construída 24 horas, e mais de 500 m de um total de 2500 m estão prontos. Durante as obras e posterior operação das unidades, essa manta protegerá o local da infiltração de lençóis freáticos. Ao mesmo tempo, a Bauer Magyarország Kft prepara-se para iniciar os trabalhos de estabilização do solo. Quando a manta estiver pronta e o solo for reforçado, as escavações sob ambas as unidades serão aprofundadas até o nível de -30 m. No total, cerca de 1 milhão de metros cúbicos de solo precisarão ser removidos. Os preparativos começarão no próximo ano para despejar concreto na laje de fundação da Unidade de Energia 5.
A intensidade do trabalho na Paks-2 está aumentando, assim como o número de pessoal, máquinas e equipamentos envolvidos. Muitas empresas internacionais estão envolvidas no projeto. O equipamento turbogerador é fabricado pela GE em conjunto com a Alstom, e o sistema de controle automático de processos (APCS) será fornecido pelo consórcio formado pela Siemens e Framatome.
Comentando a transição para uma nova etapa de construção da usina nuclear de Paks-2, Peter Szijjártó observou que a confiabilidade do fornecimento de energia é uma das questões mais importantes do nosso tempo e, no futuro, os países que puderem produzir sozinhos a maior parte da energia que consomem serão fortes e seguros. “Cada vez mais, as pessoas entendem que a questão do fornecimento de energia é uma questão física“, disse o ministro. Segundo ele, dadas as condições geográficas e naturais da Hungria, as usinas nucleares são capazes de produzir grandes quantidades de eletricidade de forma confiável, sustentável e a baixo custo. “É por isso que o projeto Paks-2 é uma garantia de longo prazo de que o fornecimento de energia da Hungria será confiável e que a Hungria terá energia suficiente e acessível“, enfatizou o ministro.
Para referência
A usina nuclear Paks-2 está sendo construída em conformidade com o acordo intergovernamental russo-húngaro de 14 de janeiro de 2014 e três contratos de base. Em agosto de 2022, foi obtida a licença principal para a construção da usina nuclear Paks-2, com duas unidades de energia com reatores VVER-1200. É a primeira vez que estes reatores são construídos na União Europeia. A obtenção da licença de construção confirmou que o projeto está em conformidade com as normas de segurança húngaras e europeias. A vida útil garantida das unidades de energia é de 60 anos. Na Hungria, quatro unidades de energia com reatores VVER-440 geram eletricidade na usina nuclear da Paks, que está em operação. A usina produz mais de 50% da eletricidade mais barata da Hungria: 12 florins (3 rublos) por quilowatt-hora.
