Sinal verde para a medicina nuclear
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#277Maio 2024

Sinal verde para a medicina nuclear

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A medicina nuclear é considerada uma das áreas mais promissoras da saúde no século XXI. Com sua ajuda, muitas doenças podem ser diagnosticadas e tratadas em seu estágio inicial. A Rosatom possui muitos anos de experiência bem-sucedida nessa área e ajuda a desenvolver tecnologias de medicina nuclear com parceiros ao redor do mundo, incluindo países da América Latina.

A medicina nuclear tem sido empregada na Rússia há décadas. Os desenvolvimentos começaram na União Soviética: na década de 1950, a indústria nuclear soviética já contava com isótopos médicos em seu arsenal. Desde a década de 1960, os produtos de radioisótopos médicos fabricados na União Soviética são comercializados no exterior.

Hoje, o único integrador de tecnologias de medicina nuclear da Rosatom é a divisão Rosatom Health Technologies. O trabalho é realizado em quatro áreas principais: produção e fornecimento de isótopos e radiofármacos, desenvolvimento de equipamentos médicos de alta tecnologia, criação de infraestrutura médica, desenvolvimento e aplicação de métodos de tratamento de radiação ionizante para produtos médicos e alimentos.

A Rosatom Health Technologies coopera no campo da medicina nuclear com mais de 50 países.

A Rosatom é sinônimo de qualidade. Nossos parceiros sabem que, se assumirmos um projeto, vamos implementá-lo de acordo com os mais altos padrões. Quando a Rosatom chega a um país, cria empregos de alta tecnologia e impulsiona o desenvolvimento econômico, tecnológico e social da região ou de todo o país. Vendemos não apenas um projeto, mas a tecnologia e a cultura de produção. Como resultado, o padrão de vida da população aumenta e a soberania tecnológica do país também. É por isso que nossos projetos são tão procurados”, afirmou Igor Obrubiv, Chefe da Divisão, em uma entrevista à revista New Atomic Expert no verão passado.

Isótopos

Há muitos anos, a Rússia está entre os cinco principais participantes do mercado mundial de produtos isotópicos. A demanda é consistentemente alta: em 2023, a Rosatom aumentou suas exportações anuais em 15%.

A Rosatom é a maior fornecedora de radioisótopos para os mercados da América Latina. Dessa forma, a Corporação Estatal Russa cobre mais de 30% das necessidades de isótopos médicos do Brasil. No Brasil, esses isótopos são amplamente utilizados para tomografia por emissão de pósitrons (PET) e câmeras gama. Os isótopos de tecnécio, iodo, gálio e tálio são usados para procedimentos de diagnóstico, e iodo, samário, lutécio e rádio são usados para tratamento. A maioria deles é de fabricação russa. Dos 218 milhões de habitantes do país, 2 milhões de pessoas são submetidas a procedimentos de diagnóstico e 77.000 a procedimentos terapêuticos anualmente.

Além disso, desde janeiro de 2024, as clínicas cubanas começaram a receber os primeiros suprimentos regulares de molibdênio 99Mo, que é um isótopo de diagnóstico usado para detectar doenças cardiovasculares e oncológicas, e o isótopo 131I, usado para o diagnóstico e tratamento de doenças da tireoide.

Em abril, representantes do Centro de Isótopos Cubano CENTIS visitaram a V/O Isotope JSC (parte da Divisão de Tecnologias de Saúde da Rosatom). As partes discutiram os problemas atuais de interação no fornecimento de produtos isotópicos e também assinaram um acordo sobre a troca de informações necessárias para o desenvolvimento comercial em conjunto.

CIDTN

O fornecimento de produtos isotópicos é uma área importante, mas não a única, de cooperação com a região da América Latina. Um dos projetos mais impressionantes é a construção de um Centro de Pesquisa e Tecnologia Nuclear (NRTC) único na Bolívia. Essa é a instalação nuclear mais alta do mundo (4.000 metros acima do nível do mar). O CNRT inclui um reator de pesquisa com um complexo de laboratórios, um complexo de cíclotron para a produção de radiofármacos, um centro de irradiação multiuso para o processamento de produtos agrícolas e um laboratório de radiobiologia e radioecologia. O complexo de cíclotrons e o centro de irradiação multiuso já estão em operação. A entrega de produtos radiofármacos às clínicas bolivianas começou em março de 2023. Os cidadãos bolivianos agora podem realizar exames médicos em tempo hábil e de alta qualidade com a ajuda da medicina nuclear avançada, sem precisar viajar para o exterior. No futuro, a operação do complexo possibilitará a substituição total da importação de suprimentos de radiofármacos. A capacidade do complexo de cíclotrons foi projetada para produzir produtos radiofármacos para exames em mais de 5.000 pacientes por ano. A conclusão de todo o projeto está prevista para 2025.

Outras áreas de desenvolvimento comercial

A cooperação com a Nicarágua está sendo desenvolvida de forma dinâmica. No ano passado, a Rosatom assinou um acordo intergovernamental com o país para a cooperação no campo das aplicações não energéticas da energia nuclear, incluindo medicina e agricultura. E em março deste ano, às vésperas do fórum internacional Atomexpo-2024, um roteiro foi assinado para desenvolver a cooperação dentro da estrutura de um projeto para construir um centro de medicina nuclear na Nicarágua. A principal especialização do futuro centro será o diagnóstico e o tratamento de doenças socialmente significativas, especialmente doenças oncológicas. “A competência da Rosatom na criação de infraestrutura médica especializada nos dá todos os motivos para estarmos confiantes na implementação efetiva de nosso projeto conjunto para implantar um centro de medicina nuclear na Nicarágua“, disse Oscar Vázquez, diretor do Departamento de Saúde do Ministério da Saúde da Nicarágua.

Intercâmbio de Experiências

A troca de experiências e conhecimentos no campo da medicina nuclear entre a comunidade de especialistas ocorre regularmente e em nível internacional. Em 2023, o primeiro Fórum Internacional de Especialistas em Medicina Nuclear do BRICS foi realizado na Rússia, e o próximo será realizado no verão deste ano. Uma reunião do grupo de trabalho do BRICS sobre medicina nuclear foi realizada em Moscou em fevereiro.

Trabalhamos com a Rosatom desde 2015 e esperamos expandir nossa cooperação não apenas na cadeia de suprimentos, mas também em áreas especializadas, trocando conhecimento no campo da medicina nuclear com colegas médicos”, disse Rafael Lopez, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear e Diagnóstico Molecular, no fórum.

Além disso, durante o Fórum Atomexpo 2024, a principal universidade da Rosatom, a NRNU MEPhI, assinou um memorando de cooperação com a Universidade de El Salvador (República de El Salvador).

Acreditamos que a educação que os nossos alunos podem receber em sua universidade vai estimular ativamente o desenvolvimento da medicina nuclear em El Salvador”, enfatizou o vice-reitor administrativo da universidade, Roger Armando Arnaz Alvarado, durante sua visita à NRNU MEPhI.