O futuro nuclear da América Latina
de volta ao conteúdoOs países latino-americanos estão desenvolvendo ativamente sua cooperação com a Rosatom na área de energia nuclear. No fórum internacional da Semana Atômica Mundial, realizado em Moscou, representantes da região destacaram o papel da energia atômica no fortalecimento da segurança energética e do desenvolvimento sustentável. Além disso, a equipe brasileira venceu o fórum HackAtom Global, organizado pela Rosatom, e uma conferência foi realizada no México para discutir as perspectivas para o setor nuclear na região.
Durante seu discurso no fórum, o diretor geral da Rosatom, Alexey Likhachev, observou que, nos últimos anos, ficou claro que a energia nuclear é uma parte insubstituível do futuro equilíbrio energético global. Graças à sua estabilidade, previsibilidade e longa vida útil, cada vez mais países estão escolhendo a energia nuclear como caminho para o desenvolvimento.
Segundo Bento de Albuquerque, presidente do Conselho de Administração da empresa brasileira Diamante, mais de 30.000 pessoas no Brasil ainda vivem sem acesso à eletricidade. A sociedade brasileira tem uma atitude muito positiva em relação à energia nuclear. Novas capacidades nucleares poderão preencher a lacuna energética, contribuir para o desenvolvimento sustentável, acelerar a descarbonização e garantir a segurança energética.
O melhor do HackAtom Global 2025
A equipe brasileira saiu vitoriosa na final da competição HackAtom Global 2025, organizada pela Rosatom. A final aconteceu em Moscou, como parte do programa juvenil da Semana Atômica Mundial. A equipe vencedora, TupiTech, superou concorrentes de 10 países em uma maratona tecnológica de 24 horas dedicada à exploração espacial utilizando tecnologias nucleares. Na avaliação dos projetos, o júri considerou sua originalidade, relevância e aplicabilidade prática.

O projeto vencedor consiste em um centro modular para exploração espacial. A instalação, baseada em reatores de última geração, é capaz de produzir recursos vitais como oxigênio, hidrogênio e combustível para missões de longa duração e a exploração de outros planetas. Além disso, o projeto prepara os humanos para condições extremas, simulando falhas e situações de emergência de forma realista, além de monitorar as funções do corpo.
“Tivemos o maior brainstorming das nossas vidas e estamos muito felizes com essa vitória, tanto para nós quanto para o Brasil”, disse a líder da equipe, Larissa Oliveira de Sá, mestranda em engenharia nuclear.
Antes de chegar à final, a equipe da TupiTech havia vencido a etapa regional realizada no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo.
Debate sobre o futuro do setor nuclear na América Latina
A Rosatom participou do 36º Congresso da Sociedade Nuclear Mexicana, realizado em Xalapa, México. Este ano, o tema central do congresso foram os programas de desenvolvimento da energia nuclear e sua aceitação social na América Latina. O administrador do Centro Regional Rosatom América Latina, Roman Aseev, fez uma apresentação sobre as atividades internacionais da empresa estatal, incluindo seu trabalho na região, e participou da mesa redonda “Desenvolvimento da indústria nuclear na América Latina: desafios e oportunidades”.
“A energia nuclear não é apenas uma fonte de energia estável e econômica, mas também a base para a independência energética, o crescimento econômico e o progresso científico e educacional. Para os países latino-americanos, representa uma oportunidade de dar um salto tecnológico e criar empregos para profissionais altamente qualificados. No entanto, o principal desafio para a indústria nuclear é a desconfiança arraigada. Portanto, a transparência é um dos princípios fundamentais do trabalho da Rosatom. Nossos 80 anos de experiência demonstram que o desenvolvimento da energia nuclear começa com um diálogo aberto. Trata-se sempre de confiança e fatos que ajudem a desmistificar mitos sobre a energia nuclear e permitam que a sociedade tome decisões informadas”, enfatizou Roman Aseev.
A participação da Rosatom em grandes eventos na América Latina confirma o foco estratégico da Corporação Estatal em expandir a cooperação com países da região em diversas áreas de aplicação da tecnologia nuclear.

