SPIEF: integração na economia global
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#291Julho 2025

SPIEF: integração na economia global

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No Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF), a Rosatom assinou diversos acordos com parceiros internacionais e discutiu as possibilidades de desenvolvimento do transporte ao longo da Rota do Mar do Norte. Além disso, foi assinado um acordo governamental sobre o uso da energia nuclear russa. Esses acordos refletem o fortalecimento da posição da Corporação Estatal no mercado internacional.

Com o Cazaquistão

A Rosatom assinou documentos para a construção de uma usina nuclear de design russo no Cazaquistão. Veja mais detalhes sobre este tópico nos artigos desta edição.

Com Burkina Faso

Os governos da Rússia e de Burkina Faso assinaram um acordo de cooperação para o uso pacífico da energia nuclear. O documento foi assinado pelo Diretor-Geral da Rosatom, Alexey Likhachev, pela Rússia, e por Yakuba Zabré Gouba, Ministro de Energia, Minas e Pedreiras, por Burkina Faso. O acordo é uma continuação do roadmap assinado por ambos os países em março de 2024 durante o fórum nuclear Atomexpo.

Este acordo estabelece uma base jurídica para uma cooperação abrangente entre os dois países na área de energia e tecnologia nuclear. As principais áreas de colaboração incluem: apoio ao desenvolvimento e aprimoramento da infraestrutura nuclear de Burkina Faso em conformidade com os padrões internacionais; regulamentação da segurança nuclear e radiológica; e produção e uso de radioisótopos na indústria, medicina e agricultura. O acordo também inclui projetos conjuntos em tecnologias de radiação e medicina nuclear, bem como a formação e requalificação de especialistas para o setor nuclear de Burkina Faso.

Com o Uzbequistão

A Rosatom e a Agência para o Desenvolvimento da Energia Nuclear, por meio do Gabinete de Ministros da República do Uzbequistão, assinaram um acordo para estudar a viabilidade de um projeto de construção de uma usina nuclear de alta capacidade no Uzbequistão. Este acordo dá continuidade aos compromissos assumidos durante a visita oficial do presidente russo, Vladimir Putin, ao Uzbequistão em maio do ano passado.

O documento descreve as condições básicas para a possível construção de duas unidades de energia com reatores VVER-1000, com a opção de expandir a usina nuclear para quatro unidades. O projeto se baseia em tecnologias russas que já comprovaram sua eficácia e segurança tanto na Rússia quanto no exterior: na usina nuclear de Tianwan (China) e na usina nuclear de Kudankulam (Índia). No total, os reatores VVER-1000 acumulam mais de 420 anos-reator em operação.

Para a Indonésia

Andrey Nikipelov, Diretor Geral Adjunto de Engenharia Mecânica e Soluções Industriais da Rosatom, discursou no diálogo empresarial “Rússia-Indonésia”, realizado no âmbito do SPIEF. Ele observou que os ambiciosos planos da Indonésia para aumentar seu poder econômico não podem ser concretizados sem o desenvolvimento energético paralelo. As novas fontes de geração devem ser ecologicamente corretas, conforme estipulado no compromisso do país de atingir a neutralidade de carbono até 2060. “A energia nuclear é uma solução que não exige a escolha entre energia estável e ecologia. A geração nuclear em grande e pequena escala, em cuja construção e operação a Rosatom acumulou experiência única, será capaz de garantir um fornecimento de energia confiável e verde tanto para a população quanto para a indústria do país”, afirmou Nikipelov.

Para a Indonésia, a maior nação insular do mundo, módulos geradores flutuantes podem ser um ponto de partida adequado para a incorporação de tecnologias nucleares. No entanto, como Andrey Nikipelov enfatizou, pequenas usinas nucleares são apenas o começo. A Rosatom desenvolveu e apresentou ao governo indonésio uma proposta abrangente para o desenvolvimento da energia nuclear com base na geração de baixa e alta potência e está pronta para fornecer total apoio na implementação dos planos do país para uma expansão significativa de seu setor nuclear.

Para o transporte no Ártico

O desenvolvimento do Corredor de Transporte Transártico foi discutido nas sessões “Rota do Mar do Norte: A Economia da Descoberta” e “Novas Rotas do Comércio Internacional”. Este corredor inclui não apenas a Rota do Mar do Norte, mas também infraestrutura terrestre: ferrovias e hidrovias interiores. As rotas de Kaliningrado e São Petersburgo até Vladivostok formam a base da logística marítima entre os portos do noroeste e leste da Rússia. O Corredor de Transporte Transártico garantirá a soberania logística do país e o fornecimento confiável para parceiros internacionais, afirmou Vladimir Panov, representante especial da Rosatom para o desenvolvimento do Ártico e vice-presidente da Comissão Estatal para o Desenvolvimento do Ártico. Ele observou que o interesse de parceiros estrangeiros no Ártico está crescendo: este ano, o número de licenças emitidas para navegação ao longo da Rota do Mar do Norte já aumentou 10% em relação ao ano anterior, chegando a 280.

O Diretor Geral da Rosatom Logística, Pyotr Ivanov, enfatizou a importância do desenvolvimento de diversas rotas, incluindo o Corredor de Transporte Transártico, especialmente em cooperação com parceiros logísticos e países aliados. Isso permitirá que as empresas russas consolidem sua posição no mercado de transporte internacional. “Não devemos nos limitar a atender apenas aos interesses nacionais. Precisamos trabalhar em nível global”, afirmou Pyotr Ivanov.