Medicina Nuclear sem Fronteiras
de volta ao conteúdoA Rosatom, líder global na produção de isótopos médicos, está expandindo suas capacidades e ofertas em medicina nuclear, ao mesmo tempo em que fortalece a cooperação internacional neste campo. As atividades recentes incluem a participação e reuniões com parceiros nos fóruns internacionais Bioprom 2025 e Semana Atômica Mundial.
Bioprom 2025
O fórum Bioprom 2025, realizado no início de outubro em Gelendzhik, na Rússia, contou com uma sessão organizada pela Rosatom intitulada “Estratégia regulatória no ciclo de vida dos radiofármacos”. Durante a sessão, especialistas em radiofármacos consideraram os desafios na regulamentação legal da medicina nuclear, transferência de inovações, ensaios pré-clínicos e clínicos, aplicação de novos métodos e tecnologias e treinamento de pessoal.
Conforme observado pela moderadora da discussão, Ekaterina Chaban, chefe da Cooperação Científica e Técnica e diretora de Projetos Avançados da Rosatom, a proteção da saúde dos cidadãos é uma prioridade para a Rússia, e o papel da medicina nuclear dentro dessa prioridade está crescendo. “As subsidiárias da Rosatom produzem uma ampla gama de produtos radioisótopos para o diagnóstico e tratamento do câncer e outras doenças. Há também muitos radioisótopos promissores que ainda não foram totalmente estudados”, disse Ekaterina Chaban.
Os participantes da sessão compartilharam insights sobre as práticas russas e internacionais para o registro de radiofármacos inovadores. O vice-ministro da Saúde da Rússia, Sergey Glagolev, falou sobre a introdução acelerada de medicamentos inovadores e as condições para sua rápida inclusão nas diretrizes clínicas e no programa de garantia estatal. Yekaterina Yakovleva, chefe do Departamento de Registro de Medicamentos da AstraZeneca Pharmaceuticals (escritório de representação na Rússia e Eurásia), observou que as principais empresas farmacêuticas internacionais viram os radiofármacos como o mercado do futuro e depositaram muita esperança neles.

A sessão também discutiu a acessibilidade, disponibilidade e segurança de métodos e medicamentos avançados para diagnóstico e terapia com radionuclídeos.
Semana Atômica Mundial
Na Semana Atômica Mundial, fórum internacional realizado em Moscou em setembro, representantes de muitos países compartilharam suas experiências de cooperação com a Rosatom no campo da medicina nuclear.
Baktygul Sultangaziyeva, do Quirguistão, responsável pelo projeto de construção de um centro de medicina nuclear no país, relatou que o Instituto de Oncologia e Radiologia de Bishkek tinha um departamento de medicina nuclear durante a era soviética, que fechou em 1990. Desde então, nenhuma pesquisa médica ou tratamento utilizando tecnologias nucleares foi realizado. No entanto, o país precisa urgentemente delas, pois aproximadamente 7.000 novos casos de câncer são detectados anualmente no Quirguistão, com cerca de metade deles sendo fatais em um ano. A situação começou a mudar em 2022 quando, com a ajuda da Rosatom e da AIEA, começaram os preparativos para abrir um departamento de medicina nuclear no Centro Nacional de Oncologia e Hematologia do Quirguistão. A Rosatom forneceu kits de diagnóstico gratuitamente.
O departamento de medicina nuclear recebeu seus primeiros pacientes em junho de 2024. Desde então, mais de 400 pacientes foram examinados. O próximo passo será estabelecer um centro de medicina nuclear em Bishkek. “Será um centro completo e de grande porte, com radiofarmácia, cíclotron, tomógrafos PET e câmeras gama, com produção de radiofármacos em conformidade com as boas práticas da fabricação, imagem molecular, radioterapia e teranóstica. É nisso que estamos trabalhando com a corporação nuclear russa Rosatom”, explicou Baktygul Sultangaziyeva. O centro atenderá não apenas pacientes oncológicos, mas também aqueles com doenças cardíacas, endócrinas e outras. “Este é o padrão ouro de atendimento médico para o povo do Quirguistão”, enfatizou Sultangaziyeva.

Danica Grujičić, neurocirurgiã e presidente da Sociedade Sérvia de Combate ao Câncer, falou sobre como ficou impressionada com as conquistas da medicina nuclear russa. “Isso se aplica principalmente aos neuroblastomas, em que foram iniciados os trabalhos com actínio”, observou Grujičić. Ela disse que a Sérvia tinha recursos diagnósticos decentes, que, no entanto, precisavam ser desenvolvidos, enquanto o potencial terapêutico era subdesenvolvido.
Atualmente, a Sérvia importa todos os radiofármacos que utiliza; no entanto, o país está explorando a possibilidade de abrir centros de medicina nuclear em cooperação com a Rússia, de modo semelhante ao Quirguistão. “O que me agrada é que cada vez mais jovens colegas escolhem a medicina nuclear como sua especialidade, demonstrando um interesse crescente por ela. Acredito que o futuro esteja na medicina nuclear”, concluiu Danica Grujičić.
Ahmed El Sobky, presidente da Autoridade de Saúde do Egito, relatou que havia discutido a melhoria da infraestrutura de medicina nuclear com colegas russos paralelamente ao fórum. Além do Egito, isso diz respeito a outros países africanos. “As negociações estão progredindo com muito sucesso. Esperamos cooperar com a Rosatom neste campo”, disse Ahmed El Sobky.
Esses exemplos demonstram que a comunidade médica global está interessada nas tecnologias de medicina nuclear oferecidas pela Rosatom e outras organizações russas relacionadas, bem como em uma cooperação internacional mais intensa nessa área.

