O Quebra-gelo do Conhecimento abre novos horizontes
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#293Setembro 2025

O Quebra-gelo do Conhecimento abre novos horizontes

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Em agosto, ocorreu a sexta expedição internacional da Rosatom ao Ártico, o “Quebra-gelo do Conhecimento”. A bordo do quebra-gelo movido a energia nuclear, os participantes desfrutaram de muitas atividades emocionantes: palestras de cientistas e especialistas das indústrias nuclear e espacial, experimentos científicos possíveis apenas em latitudes setentrionais, passeios de quebra-gelo, vistas deslumbrantes do Ártico e observações de seus habitantes — ursos polares, baleias e aves árticas. E, claro, houve interação entre os participantes — 66 talentosos estudantes de 21 países.

Grande seleção

O “Quebra-gelo do Conhecimento” está sendo realizado pela sexta vez e pela segunda vez em formato internacional (a primeira foi no ano passado). Mais de 67.000 estudantes de 14 a 16 anos de 21 países competiram pelo direito de participar da expedição, incluindo quase 4.000 participantes internacionais. O maior número de inscrições internacionais veio de Bangladesh (841), Índia (492) e Quirguistão (471). Os vencedores foram selecionados por meio de um processo seletivo em várias etapas, além da competição “Grande Mudança”, dos programas educacionais da Sirius, do campeonato russo de jogos intelectuais “Conhecimento. Jogo” e de uma seleção entre membros do movimento “Rosatom Juniors”.

Grande programa

Um dos pontos-chave do programa de expedição a bordo do quebra-gelo nuclear “50 Anos de Vitória” foi o teste conjunto e autônomo de modelos simplificados de plataformas móveis planetárias em desenvolvimento. Elas são enviadas a objetos no sistema solar para estudar sua estrutura geológica. A pesquisa foi conduzida por pesquisadores da Rosatom e da Roscosmos. “A combinação das tecnologias da Roscosmos e da Rosatom se une simbolicamente aqui no Polo Norte. Usando o polo, simulamos as condições dos satélites dos planetas gigantes, que serão acessíveis no futuro graças à tecnologia nuclear. Os veículos, controlados por operadores remotos ou inteligência artificial, operarão nas superfícies de outros planetas gelados. Isso nos permitirá explorar ativamente o sistema solar e suas fronteiras onde a vida pode existir”, explicou Andrei Babkin, cosmonauta de testes e especialista no programa científico e educacional “Quebra-gelo do Conhecimento 2025”.

Os especialistas da Rosatom não apenas deram palestras aos participantes, como também interagiram bastante com eles. “Durante a viagem, falei sobre compósitos — o que são e onde são usados — mas também sobre gestão: como se tornar um líder, como é o dia a dia de um líder. As crianças são incrivelmente talentosas, ativas e inteligentes; foi muito interessante trabalhar com elas. Elas fizeram perguntas profundas e sistemáticas sobre onde estudar e como construir uma carreira. Respondi com cuidado, sem aconselhá-las diretamente a fazerem suas próprias escolhas”, compartilhou Alexander Tyunin, Diretor Geral da Divisão de Compósitos da Rosatom.

Os especialistas da expedição incluíam Topan Setiadipura, chefe do Centro de Pesquisa em Tecnologia de Reatores da Agência Nacional de Pesquisa e Inovação da Indonésia (BRIN); Le Suang Chung, diretor do Centro de Física Nuclear do Instituto de Física e Tecnologia Nuclear do Instituto de Energia Atômica do Vietnã (VINATOM); Leonid Dedyukha, vencedor do concurso russo “Professor do Ano” de 2024 e embaixador do projeto “Atomic Lesson”; e muitos outros.

Um dos momentos mais espetaculares foi a celebração do Dia da Bandeira Nacional Russa: estudantes e especialistas de 21 países hastearam uma grande bandeira tricolor russa no quebra-gelo. “Foi uma honra hastear a enorme bandeira russa junto com todos os outros”, disse Mahmoud Said Morsi, Diretor da Unidade de Gerenciamento de Emergências Radiológicas do Centro Nacional de Pesquisa e Tecnologia em Radiação (NCRRT) da Autoridade Egípcia de Energia Atômica (EAEA) e especialista da expedição. Este ano, a celebração coincidiu com a chegada da expedição a Murmansk.

Grandes emoções

Alguns participantes se tornaram os primeiros representantes de seus países a chegar ao topo do planeta, e alguns até viram neve pela primeira vez. Isabella Eileen Nell, da África do Sul, fez uma bola de neve no Polo Norte pela primeira vez: “Foi tão legal! Não consigo descrever, peguei um pouco de neve e moldei. A bola de neve era como uma nuvem, eu a toquei e apertei, adorei tanto o efeito gelado que quero voltar para a neve várias vezes! Estou tão feliz”, compartilhou.

“Quando soube que seria o único representante turco na expedição ao Polo Norte, senti uma onda incrível de energia. Era importante para mim discutir questões globais, incluindo o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com pessoas de diferentes países”, disse Deniz Arda, um participante turco.

Grande importância

A expedição faz parte de um esforço amplo para explorar e desenvolver o Ártico e o Oceano Ártico. Este ano marca o 500º aniversário da exploração russa da Rota do Mar do Norte — uma rota da Europa para o Extremo Oriente através dos mares do Ártico. “Continuamos orgulhosos das conquistas dos nossos pioneiros, que destemidamente, passo a passo, percorreram este caminho desafiador rumo a descobertas incríveis. A Rússia é o único país do mundo com uma frota de quebra-gelos movidos a energia nuclear, e estou confiante de que os alunos da viagem “Quebra-gelo do Conhecimento” se inspirarão na vastidão do Ártico e, no futuro, se tornarão novos descobridores, criadores de tecnologias inovadoras das quais também nos orgulharemos”, disse Yakov Antonov, Diretor Geral da Atomflot (parte da Rosatom).