
Enriquecimento físico e cultural
de volta ao conteúdoA Rosatom assinou um acordo com a estatal INB (Indústrias Nucleares do Brasil) para serviços de conversão e enriquecimento de urânio extraído no Brasil. A Rosatom também está ativamente envolvida na vida cultural do Brasil: a Escola de Balé Russo em Joinville, que a estatal apoia desde 2018, comemorou recentemente seu 25º aniversário.
Licitação para enriquecimento de urânio brasileiro
A licitação contou com a presença de grandes empresas internacionais, incluindo a China Nuclear Energy Industry Corp (CNEIC) da China. No entanto, as autoridades brasileiras consideraram a proposta da Rosatom a mais atrativa. Como resultado, foi concluído um acordo segundo o qual empresas russas prestarão serviços de conversão e enriquecimento de urânio extraído no Brasil. O contrato está avaliado em aproximadamente 40 milhões de dólares americanos.
Este contrato será um passo importante na implementação do programa nacional de desenvolvimento da energia nuclear, recentemente adotado no Brasil. O país ocupa o sétimo lugar no mundo em reservas de urânio e tem enorme potencial para se tornar um dos três maiores produtores de urânio do mundo.
Atualmente, a Rosatom fornece ao Brasil produto de urânio enriquecido, que é usado para produzir combustível para a Usina Nuclear de Angra. O novo contrato abre perspectivas para uma maior expansão da cooperação, incluindo o aumento do volume de suprimentos de urânio enriquecido.
Balé russo ritmo de samba
Há 25 anos, a escola do Teatro Bolshoi atua na cidade brasileira de Joinville, sendo a única sede internacional deste famoso espetáculo russo. Na festa comemorativa do 25º aniversário da escola, foi apresentado o balé “O Lago dos Cisnes”, encenado pelo renomado coreógrafo e patrocinador do projeto, Vladimir Vasilyev.
Fundada em 2000, a escola se tornou desde o início não apenas um projeto educacional, mas também parte de um diálogo cultural em larga escala entre a Rússia e o Brasil. O ensino é gratuito, com o método Vaganova, o mesmo que formou grandes nomes do balé russo. Ao mesmo tempo, graças à participação de professores e artistas brasileiros, o programa é mesclado com o temperamento e a energia locais.
O Centro Regional da Rosatom na América Latina se tornou um pilar importante de seu desenvolvimento nos últimos anos. Desde 2018, quando um memorando de cooperação foi assinado, a Rosatom tem ajudado a implementar projetos que visam apoiar jovens talentos, desenvolver infraestrutura e promover o balé clássico como patrimônio cultural da Rússia no exterior.
“Estamos orgulhosos de poder contribuir para o desenvolvimento desta escola única que une as culturas dos nossos países”, disse Ivan Dybov, Diretor do Centro Regional da Rosatom na América Latina. “Nosso apoio visa manter um alto nível de ensino e criar novas oportunidades para jovens artistas.”
Ao longo dos anos, a escola formou centenas de dançarinos que hoje se apresentam em 27 países nos cinco continentes.
A missão social da escola é de especial importância. Ao longo dos anos, ela abriu portas para centenas de crianças de famílias de baixa renda. Com o apoio da Rosatom, por exemplo, foi implementado um programa para selecionar crianças das favelas do Rio de Janeiro, incluindo a famosa “Cidade de Deus”. Aqueles que passaram na seleção ganharam bolsas de estudo e uma chance de mudar de vida por meio do balé.
Em preparação para o 250º aniversário do próprio Teatro Bolshoi, que será comemorado em 2026, a história da escola no Brasil assume um significado especial. Como observa o diretor da escola, Pavel Kazarian: “Quando uma causa comum cativa ambos os lados mais do que qualquer outra coisa, até as diferenças culturais deixam de ser barreiras e se tornam degraus que levam ao objetivo”. Esse princípio, diz ele, sustenta o trabalho diário da equipe internacional da escola e ajuda a manter o equilíbrio entre a tradição e a identidade local. E a participação da Rosatom neste projeto não é uma formalidade, mas uma escolha consciente. Porque o verdadeiro poder não está apenas na tecnologia, mas também na capacidade de compartilhar sua herança cultural e apoiar aqueles que estão apenas dando os primeiros passos no palco.